(colaboração Bel Levy)
O Congresso científico reúne especialistas de 23 países em Brasília para discutir desafios, propor soluções e planejar o futuro
Especialistas nacionais e internacionais que compõem o Programa Iberoamericano de Bancos de Leite Humano (IberBLH) estarão reunidos em Brasília de 28 e 30 de setembro, durante o V Congresso Brasileiro / I Congresso Iberoamericano de Bancos de Leite Humano, para discutir desafios, propor soluções e planejar o futuro da iniciativa. Liderado pela Fiocruz, o IberBLH integra 23 países empenhados em coletar, processar e distribuir leite humano para recém-nascidos, sobretudo os prematuros de baixo peso, que apresentam forte vulnerabilidade imunológica. A iniciativa é reconhecida como estratégia primordial para o enfrentamento da mortalidade infantil e neonatal – meta estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) como um dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.
O coordenador da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (RedeBLH), o engenheiro de alimentos João Aprigio Guerra de Almeida, explica que a experiência brasileira, inaugurada na década de 1940, tornou-se modelo internacional a partir dos resultados conquistados em curto prazo. “Em pouco tempo comprovamos o impacto positivo da amamentação natural – e dos bancos de leite humano – na recuperação de recém-nascidos internados em unidades neonatais e na assistência às mães em fase de aleitamento”, o pesquisador descreve e aponta que, em longo prazo, o resultado obtido com a estratégia é a redução da mortalidade infantil, com ênfase na preservação da vida e da saúde de bebês.
Desde 1985, os bancos de leite humano constituem a política brasileira de saúde pública para enfrentamento da mortalidade infantil e neonatal. A estratégia é tão bem sucedida que, em 2001, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu a RedeBLH como a ação que mais contribuiu para a redução do problema no mundo, na década de 1990.
“Os resultados brasileiros mostraram à comunidade internacional a função dos bancos de leite humano no contexto da saúde pública, como estratégia de segurança alimentar e nutricional para qualificação da atenção neonatal e a redução a mortalidade infantil. Em 2009, atendemos 170 mil bebês e 1.400.000 mulheres com dificuldades de amamentação em todo o mundo”, João Aprigio resume. Hoje, a cooperação internacional liderada pelo Brasil, por meio da Fiocruz, integra bancos de leite humano instalados ou em fase de implantação na América Latina, Europa e África.
Reconhecendo a importância da cooperação internacional para o enfrentamento da mortalidade infantil e neonatal em escala global, o V Congresso Brasileiro / I Congresso Iberoamericano de Bancos de Leite Humano promove, dia 27 de setembro, o Fórum de Cooperação Internacional em Bancos de Leite Humano. O encontro avaliará a trajetória dos países que compõem o IberBLH e os resultados obtidos desde 2005, quando foi assinada a primeira Carta de Brasília, durante o Fórum Latinoamericano de Bancos de Leite Humano.“O objetivo é multiplicar as conquistas e identificar as fragilidades de cada país, de cada banco de leite humano. Só assim poderemos crescer ainda mais e aprimorar a iniciativa. A avaliação será consolidada na Carta de Brasília – 2010”, João Aprigio apresenta.
*Destaques da Programação*
– *Ciência e tecnologia em bancos de leite humano*
A RedeBLH é sustentada por pesquisas científicas, desenvolvimento tecnológico e geração de conhecimento nas áreas biológica, política, social e cultural. Durante o congresso, serão destacados estudos sobre a adequação da qualidade do leite humano e o impacto da amamentação natural na recuperação da saúde de recém-nascidos internados em unidades neonatais.
– *Responsabilidade social e cidadania*
O congresso também será espaço para divulgação de iniciativas da sociedade civil que colaboram para a implantação e o funcionamento de bancos de leite humano. Além do Brasil, a Argentina apresentará as ações de apoio à sua rede nacional de bancos de leite humano.
– *Experiências brasileiras*
O Brasil é modelo internacional para bancos de leite humano. Durante o congresso, serão apresentadas experiências de destaque e resultados inéditos em todo o mundo, como a autossuficiência de Brasília para distribuição de leite humano* *a recém-nascidos internados em UTI neonatal; a maior rede estadual de bancos de leite humano do mundo, em São Paulo; a implantação e o funcionamento de unidades de coleta, processamento e distribuição de leite humano em regiões isoladas, como a Amazônia; e a interação com povos indígenas, que acontece no Mato Grosso do Sul.
– *Experiências internacionais*
Os frutos da cooperação internacional liderada pela RedeBLH serão discutidos a partir da experiência de parcerias consolidadas e de países em fase de implantação dos bancos de leite humano. Primeiro país a formalizar a cooperação internacional com a RedeBLH, a Venezuela apresentará sua trajetória de 15 anos na área. A Guatemala compartilhará os resultados de seu pioneirismo na América Central: o primeiro banco de leite do país já opera como núcleo de rede, para replicar a experiência a outras cidades.
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V Congresso Brasileiro de Bancos de Leite Humano
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Bel Levy
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